A uva Norton é uma variedade amplamente cultivada no nordeste dos Estados Unidos. Conhecida também como Cynthiana, essa uva é caracterizada pela coloração escura e por ser uma das castas híbridas de maior qualidade.
Trata-se da variedade mais antiga a ser cultivada para uso comercial na produção de vinhos nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, o uso da uva Norton aumentou relativamente na elaboração de vinhos, especialmente, em regiões da Virginia, Missouri e Arkansas.
As vinhas de uva Norton amadurecem tardiamente e produzem cachos pequenos com boa coloração e bons níveis de taninos. As videiras apresentam alta resistência e são capazes de suportar temperaturas mais baixas que a maioria das demais variedades.
A uva Norton produz vinhos tintos com características semelhantes aos elaborados com a casta Zinfandel. O aroma é caracterizado por frutas pretas e vermelhas, enquanto o paladar possui um sabor único e intrigante, suave em um primeiro momento e se firmando na boca com um bom teor de acidez no final. Embora a maioria dos produtores utilizam a Norton na composição de vinhos varietais, há ainda alguns bons vinhos de corte que recebem elevado destaque.
Atualmente, o cultivo da uva Norton ocorre com predominância em Virgínia, nos Estados Unidos, além de regiões como Kansas e Texas. A uva Norton contém altos níveis de resveratrol, um componente das uvas que, acredita-se, ajuda a manter a saúde do coração. Além disso, em algumas áreas vinícolas a variedade é conhecida como Northon’s Virginia, Red River e Virginia Muda.
A Norton foi descoberta no início do século XIX, no estado de Missouri. Após a realização de testes de DNA, revelou-se que a uva americana é um cruzamento entre a vinha Vitis vinifera com uma espécie menos conhecida, a Vitis aestivalis. Os vinhos produzidos com a uva Norton foram bem recepcionados pela crítica especializada e, em 1873, um vinho Norton elaborado em Missouri recebeu uma medalha de ouro em uma feira de vinhos em Viena.