O Café e o Vinho: aromas, sabores, cultivo » Aline OliveiraAline Oliveira O Café e o Vinho: aromas, sabores, cultivo » Aline Oliveira
Por Aline Oliveira

O Café e o Vinho: aromas, sabores, cultivo


Tanto o ouro negro quanto a bebida de Baco, precisam de cuidados especiais do cultivo até a colheita. Ambos não amadurecem uma vez que já colhidos, assim como frutas tropicais como o mamão e o abacaxi, e ambos mantêm suas características verdes, ou maduras, se não colhidos no tempo certo.

No período da vindima e da colheita do café, vinícolas e fazendas cafeicultoras contratam mão de obra extra para atuar no acompanhamento da evolução da planta e do fruto.

Mesmo tendo esse cuidado como semelhança — e outras que vamos descobrir ao longo do texto –, a principal diferença entre cada uma dessas iguarias é que são produzidos em terroirs diferentes. Muda a região, o clima, o manejo.

Brasil, Colômbia, Vietnã e Guatemala são grandes produtores de café, onde a incidência solar é abundante, as altitudes consideráveis. Além de solo fértil, nesses países as chuvas são frequentes e existe pouca variação de temperatura. Regiões próximas da Linha do Equador, onde se produzem os melhores cafés do Mundo, e com potencial elevado de exportação.

Já as uvas precisam ser cultivadas em regiões onde o inverno é mais rigorosos, com estações bem definidas durante o ano favorecendo chuvas pontuais e pouco frequentes, luz solar para o amadurecimento do fruto, mas não constante para que eles não amadureçam cedo demais, e altitude que favoreça esses fatores e a direção dos ventos.

As regiões onde mais se produzem vinhos de qualidade estão localizadas abaixo da linha do Trópico de Capricórnio e acima do Trópico de Câncer.

O que une as duas bebidas, além de técnicas de cultivo?

Ambas tem aroma, sabor e coloração particular, que dependem de cada estilo. Porém, caramelo e chocolate são aromas que estão presentes nos cafés especias de torra alta e nos vinhos que tem características terciárias (aromas da passagem por barrica de carvalho). Falando em aromas, na análise sensorial do vinho é muito comum o cheiro do fruto do café maduro em vinhos brancos, e da tosta do café em vinhos tintos barricados. Ambos são aromas de qualidade e comuns nos vinhos.

Em vinhos barricados, elaborados com a uva Pinotage, ou brancos da casta Cinsalt, você poderá ter a sensação de estar tomando vinho e café na mesma taça. Isso mesmo, una as duas caraterísticas numa só garrafa.

Aproveitando o embalo, caso queira me presentear, dou de sugestão um exemplar que leva a uva que traz características do café com passagem por barrica, que também terá aromas de chocolate, com nome bem sugestivo.

Santé e até o próximo gole!


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