Uma salada e vinho combinam com o outono » Aline OliveiraAline Oliveira Uma salada e vinho combinam com o outono » Aline Oliveira
Por Aline Oliveira

Uma salada e vinho combinam com o outono


Seja almoço ou jantar, uma boa opção de refeição nesta estação. Tanto para os dias frios, quanto para os mais quentes.

Apesar de muita gente achar que salada é só pra acompanhamento e não enche barriga, uma salada bem feita pode ser uma refeição completa, saborosa e muito nutritiva. E, claro, dá pra comer salada e tomar um vinho.

“Mas Aline, porque você está falando de salada no outono?”. O outono é uma estação de transição do verão pro inverno, por isso é muito comum alguns dias serem bem quentes e outros muito frios. E como a gente, pra completar, está em isolamento social, não dá pra esquecer de ter uma alimentação mais nutritiva. Por isso a salada como opção de refeição neste outono.

A dificuldade de muita gente é com a harmonização de salada e vinho, mas isso você sabe que a gente resolve rápido, não é?

Mas antes de falar da harmonização, deixa eu te lembrar que a base de uma boa salada são as folhas, que são ricas em fibras e ajudam na sensação de saciedade e ainda protegem as paredes do estômago.

E outra coisa que nos interessa falar aqui é sobre o tempero. Sua salada pode e deve usar condimentos como salsinha, cebolinha, orégano, manjericão, tomilho, alho, coentro e outros. Para regar o prato, prefira o azeite extravirgem, o suco do limão e o vinagre.

Dito isto, pra que tudo fique harmônico você precisa de um vinho que tenha acidez. Pensando que sua salada terá folhas diversas, tomate, limão, azeite e uma porção de outros ingredientes ácidos, tudo o que você não pode querer é harmonizar essa salada com um vinho encorpado, cheio de taninos, passado por barrica, cheio de complexidade. Tudo isso junto não geraria uma experiência prazerosa.

Minha indicação seria um Pinot Noir Norte Americano. Pra ser mais específica, um vinho do Estado de Oregon, que fica na região do Noroeste Pacífico. Tomei um Pinot Noir de lá que era um vinho leve, delicado e saboroso, com um delicioso toque francês. Isso porque foi projetado por uma talentosa enóloga, Véronique Drouhin.

Véronique é a guardiã do estilo de maison francesa Joseph Drouhin. É assim que o site desta tradicional vinícola da Borgonha define sua principal enóloga. Formada em enologia na Universidade de Dijon no final da década de 1980, ela é a única mulher entre os quatro irmãos, representantes da quarta geração desde produtores franceses, e a única a assumir a arte de fazer vinhos. 

Como você já percebeu, o Oregon é uma região marítima, e em lugares assim os verões são mais longos e quentes – o que faz com que as uvas sejam mais ácidas, inclusive as tintas.

Então você me pergunta: “vou conseguir harmonizar um vinho tinto com salada?”. É claro que vai! Mas não se esqueça que o vinho precisa ter acidez.

O mais comum é a harmonização de saladas com vinhos brancos e rosés. De modo geral, e bem simplificado, você pode apostar num espumante brut. Entre as uvas brancas, minha sugestão seria Torrontés, Sauvignon Blanc, Gewurztraminer. São uvas mais conhecidas e fáceis de encontrar.

Os vinhos rosés, apesar de geralmente serem mais leves e com pouca acidez, também podem ser uma ótima aposta pra harmonização. Preste atenção na temperatura pra que sua harmonização fique ainda melhor. E uma última dica: vinhos verdes! Isso mesmo, esses portugueses, que não são caros, podem dar um ar de elegância, e muito sabor à sua refeição.

Não se esqueça de experimentar e me contar sua experiência, viu?

Santé


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